Humberto Braz E Sérgio Chicaroni Continuarão Cumprindo Prisão Preventiva

Humberto da Rocha Braz e Sérgio Chicaroni, tidos como braços-direitos do empresário Daniel Dantas e últimos remanescentes da Operação Satiagraha, realizada pela Polícia Federal, que ainda estão presos, terão que continuar cumprindo prisão preventiva. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, negou, nesta terça-feira (15) à noite, pedido de ambos para que lhes fosse estendida a liminar concedida na semana passada em favor de Dantas.


“A prisão preventiva decretada em desfavor dos atuais requerentes (Braz e Chicaroni) fundamenta-se em situação fática distinta daquela apreciada em favor do paciente (Daniel Dantas)”, justificou o presidente do STF em sua decisão.


Segundo Gilmar Mendes, a prisão de Braz e Chicaroni, decretada pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo,  “tem como base investigações e procedimento de ação controlada que sugerem, em tese, a participação direta e imediata em atos voltados a obstruir o desenvolvimento da investigação criminal”. Eles são acusados da tentativa de suborno de delegado da Polícia Federal que investigava Daniel Dantas para retirá-lo das investigações.


Chicaroni está preso desde a última terça-feira (8), quando a operação foi deflagrada. Já Braz estava foragido e se entregou à polícia no domingo (13). O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas também chegaram a ser presos temporariamente pela PF, mas já foram liberados.


O advogado de Braz, Renato de Morais, sustentou que a mesma falta de fundamentação entendida pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, no pedido de prisão do dono do banco Opportunity se estende ao seu cliente.


Ele disse acreditar que Mendes analisaria o novo pedido com a mesma presteza que analisou os pedidos anteriores do caso. A Operação Satiagraha investiga suposta prática dos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para a obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras.


FK/RR

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