O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto disse a jornalistas na tarde desta quinta-feira (4) que a decisão da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados – que ontem absolveu o deputado Paulinho da Força (PDT/SP) de um processo de cassação que tramitava contra ele naquela casa –, não interfere na investigação em curso no STF. O ministro, que é relator do Inquérito 2725 contra o deputado, frisou que não existe relação direta entre os processos.
Ayres Britto não quis comentar detalhes do inquérito, uma vez que o processo judicial possui peças resguardadas pelo sigilo, mas ressaltou que se tratam de esferas distintas, “a penal aqui e a político-administrativa na Câmara dos Deputados”.
O Inquérito (INQ) 2725 investiga o suposto envolvimento do deputado Paulo Pereira da Silva no esquema de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O parlamentar também é investigado no Supremo Tribunal Federal por suposto desvio de dinheiro público proveniente do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), em São Paulo. O ministro Celso de Mello autorizou, no último dia 28, a abertura do inquérito contra o parlamentar diante das suspeitas de que a Força Sindical, entidade presidida por Paulinho, tenha patrocinado cursos de formação profissional nos quais foram encontrados “alunos fantasmas” e outras irregularidades. A decisão foi tomada na análise das Petições (PET) 4405 e 4406.
MB/EH
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