O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a tramitação do Inquérito (INQ 3113) contra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) e deferiu as diligências requeridas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, “diante da existência de indícios da prática de crime“. Gurgel pediu que Jaqueline Roriz seja ouvida; que seja feita a degravação do conteúdo do DVD gravado pelo delator do chamado “Mensalão do DEM”, Durval Barbosa, bem como a certificação da autenticidade da gravação. O ministro relator deu 30 dias de prazo à Polícia Federal para a realização das diligências.
“Trata-se de procedimento investigatório no qual se apura a suposta prática de crime contra a Administração Pública pela Deputada Federal Jaqueline Roriz. O Procurador-Geral da República sustenta que a parlamentar, na condição de Deputada Distrital, teria recebido propina do então candidato a Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, ‘tendo em conta o compromisso de que Jaqueline Roriz não pediria votos a favor da coligação da candidata Maria de Lourdes Abadia, sua companheira de Partido’”, diz o despacho. Gurgel juntou aos autos depoimentos prestados por Durval Barbosa, bem como gravação por ele fornecida de uma cena em que Jaqueline Roriz teria recebido R$ 50 mil em dinheiro. Os recursos teriam sido obtidos junto a prestadores de serviços de informática do governo do Distrito Federal.